quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Natação para pessoas com deficiência

Gustavo Maciel Abrantes
Murilo Moreira Barreto


Para deficientes físicos, normalmente a iniciação na natação se dá pelo trabalho de reabilitação feito geralmente em hospitais, clínicas ou faculdades de educação física. O retorno físico e psicológico da natação para as pessoas deficientes pode ser notado, principalmente, na facilidade de o indivíduo locomover-se sem grandes esforços, pois sua propriedade de sustentação (empuxo) e eliminação quase que total da gravidade, facilitam a execução de movimentos que, em terra, poderiam ser dificultosos ou impossíveis de serem realizados sem auxílio. Da reabilitação à prática da natação como esporte é uma questão de tempo e escolha.

A natação está presente no programa oficial de competições desde a primeira Paraolimpíada, em Roma, 1960. A primeira participação brasileira no quadro de medalhas ocorreu em Stoke Mandeville/1984 com a conquista de uma medalha de ouro, cinco de prata e uma de bronze. Nos Jogos Paraolímpicos de Seul/1988, o país ganhou um ouro, uma prata e sete bronzes. Na Paraolimpíada de Barcelona, o esporte obteve para o Brasil três bronzes. Em Atlanta/1996, a performance foi exatamente igual à de Seul. Em Sydney, a melhora no desempenho foi significativa, rendendo aos brasileiros seis ouros, dez pratas e seis bronzes. O melhor desempenho ocorreu mesmo em Atenas, onde o país conquistou 33 medalhas – 14 de ouro, 12 de prata e sete de bronze.

A prática da natação traz inúmeros benefícios. E não é diferente com os portadores de deficiência, pois, além dos benefícios físicos, nadar proporciona a integração social, a independência e o aumento da auto-estima nos atletas. Com um programa de treinamentos sério e a conseqüente profissionalização dos atletas portadores de deficiência, surge um novo cenário na natação paraolímpica. Sai de cena o esporte como forma de reabilitação e entra o esporte de alto-rendimento.


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